quinta-feira, 28 de maio de 2009

Sexo, Drogas e Rock´N Roll


Quando hoje abrimos algumas revistas femininas, algumas até para adolescentes, deparamo-nos frequentemente com uma série de artigos que, ao procurar descrever os hábitos/relacionamentos actuais, convidam os leitores a experimentações várias no domínio da sexualidade, que passam por jogos sexuais com amigos, envolvendo vários parceiros, relações extra-conjugais e por aí fora, com uma naturalidade que considero quase agressiva. Tudo em nome da aventura e de um gozo maior.

As bases destes movimentos remontam às décadas de 60/70, mas até há poucos anos correspondiam a comportamentos e estilos de vida circunscritos a determinados grupos, mais rebeldes ou arrojados, que viviam de forma alternativa.

Com a chegada da Internet muitos dos desejos secretos das pessoas, que antes continuariam a ser apenas e só fantasias, começaram a concretizar-se, com a cobertura do anonimato da rede. Os fantasmas começaram a andar à solta e hoje há já muitos que de certo não saberão distinguir entre fantasia e realidade pois a sua realidade passou a ser a sua fantasia.

Claro que do ponto de vista psico-afectivo isto é dramático pois estas pessoas sentem-se muitas vezes perdidas, aprisionadas num mundo sem sentido, desprovido de simbólico e de significado, onde muitas vezes um pénis é apenas um objecto, uma coisa que vai preencher um vazio e como tal a depressão espreita a cada esquina como uma especie de ressaca.

Preocupante também é que se esteja a chegar a um ponto em que sejam os próprios meios de comunicação social a legitimar a mentira, a traição, a promiscuidade, sendo de prever que num futuro próximo já ninguém sequer ache que existe algo errado nisto tudo… desde que claro, se coloque sempre o preservativo…

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