quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Sobre as prendas de Natal


Por esta altura do ano começa a notar-se nos Centros Comerciais a agitação típica da época, materializada em carros e sacos cheios de presentes para o Natal. A submissão a uma prática comercial pura e dura, que não contempla crises nem admite falhas, parece dominar até o espírito mais critico e/ou céptico.

As crianças são as estrelas da festa e é para elas que são dirigidas todas as atenções. Múltiplos presentes são preferidos por muitos pais em detrimento das qualidades dos mesmos, mas mesmo quando se têm estas em atenção opta-se geralmente pela complexidade ao invés da simplicidade, que é aquela que mais estimula a fantasia e a criação. Perante a dúvida, desde que a bolsa o permita, os eleitos são os mais caros, pagando também as crianças um preço elevado, pois a capacidade de sonhar constrói-se sobre a ausência e não sobre o excesso. Uma caixa de Legos custa menos e pode valer mais que mil castelos.

Pais que pelas suas próprias fragilidades sentem a necessidade de encher os filhos de presentes devem parar para pensar um pouco, porque … de sorrisos fugazes não reza a história, nem o desenvolvimento infantil, acrescento eu. Claro que os olhos das crianças brilham mais com uma grande montanha de presentes do que com apenas um ou dois embrulhos, mas educar é ter os olhos postos sobretudo no amanha e não apenas no momento presente.

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